Cada qual, que cuide de seu cada qual !

No último final de semana eu viajei, para conhecer a pessoinha mais fofa, especial e esperada dos ultimos tempos na nossa família...

Ester Fontes de Almeida !

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Passei momentos mágicos com a criaturinha , que de tão fofa, arrematou o coração do "tio-primo" mais bobo do mundo.. ( bobo por ela é lógico ) !... e ao ver aquele ser tão ingenuo, delicado e sensivel eu me pus a pensar...

Começo a achar que as pessoas dividem-se em apenas três grandes categorias:

1) As que gostam muito de crianças.

2) As que toleram crianças.

3) As que consideram crianças pequenos vermes tagarelas que deveriam virar estátua de anjinho em monumento ou um belo gizado.

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Cada um na sua (categoria), claro. Quem seria eu para dizer que apreciar a graça e a lógica de um pirralinho com a vida toda pela frente é uma coisa assim, divina?

Eu mesmo às vezes perco o prumo e acho que aquele menino que corre gritando e derrubando latas no mercado merecia é 48 horas de detenção em vez do afago de sua permissiva mamãe. Mas gosto de criança. Gosto de criança porque eles são a gente – a gente com um modo todo próprio de encarar sua vida.

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Quem tolera criança tem lá suas razões. Às vezes é só alguém que veio sem o “chip melação”, ué. É alguém que acha uma graça ver a menina brincando de casinha, mas acha um saco ter que beber o chá imaginário e dizer que está gostoso por 128 vezes seguidas. É compreensível.

Pode ter sido trauma de infância, quando não houve quem lhe desse muita atenção; pode ser um espírito prático pungente; pode ser chatice; e pode ser a falta do tal “chip” simplesmente.
Já quem detesta criança, confesso que me intriga. E veja, “não curtir muito” é bem diferente de “detestar”. Sim, tem quem ODEIE ter criança por perto. Se irrita e aborrece com o cheiro, o tatibitate, a atenção constante, a baba, a manha, as roupinhas de bichinhos ou o modus operanti geral de ter um pivete por perto.

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Vejo isso na vendedora da loja, que simplesmente manda retirar o nenê do recinto, porque ali é um estabelecimento sério. Vejo no moço do táxi, que revira os olhos e bufa por ter que dobrar o carrinho e guardar no porta-malas. Vejo na cara da garota que embarca no avião e, ao ver dois bebês rechonchudos na vizinhança, dispara sem controle “credo, quanta criança, ave!”.
Sei lá, eu acho esquisito.

Eles são mesmo cheios de odores, manias, impaciências e vontades, mas em momento ou outro, dizem, mostram ou fazem algo que é incrivelmente engraçado ou querido.

Quem gosta, se entrega todo.

Quem tolera, se diverte um bocadinho.

Quem detesta, perde a chance.

Pois, ora, ninguém é mesmo obrigado a lembrar que já foi criança.

Ahhh.. e sobre Ester.. eu sou mesmo um apaixonado por ela !

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